Local: numa rua na fronteira entre a França e a Alemanha
Ambiente: névoa densa como um toque de chuva
Horas: numa tarde de Novembro
Reconheço que sou humano, nunca quis mais do que ser uma pessoa normal, viver como um ser normal, poder olhar para tudo o que se passa à minha volta e poder sentir aquilo que os outros sentem... Mas nada disso é possível. Sinto aquilo que me rodeia de uma forma demasiado diferente.
Conformo-me na minha pequenez que é impossível alguma vez poder vir a compreender-te.
Como gostava que visses o que os meus olhos vêem, queria que pudesses ver toda esta névoa que me rodeia, queria que visses o mundo por estes olhos que agora largam uma lágrima...
Entretanto continuo a andar, sigo em frente enquanto os meus ombros se queixam do peso da mochila carregada, olho em frente e um sorriso emerge quando penso em tudo o que já se passou na minha vida. Surgem imagens estáticas de pessoas, momentos, cidades, aldeias, comboios, autocarros e metros...
Sinto-me feliz, não me arrependo de nada. Por isso, acendendo o meu eterno companheiro, sigo em frente.
Um agora... Outro para o caminho...